O tríduo pascal começa com a missa vespertina da ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, passa pela Morte na cruz na Sexta-Feira Santa e alcança o seu apogeu na vigília pascal e termina com as vésperas do domingo de Páscoa.
A Quinta-Feira Santa está marcada pela instituição da Escritura, "verdadeiro sacrifício vespertino" (cf. 141, 2). O ritual proíbe a celebração da eucaristia sem fiéis e recomenda a concelebração, que confere à cerimónia litúrgica uma nota de eclesialidade eucarística e de unidade entre eucaristia e sacerdócio. A cerimónia sugestiva e humilde do Lava-Pés orienta-se também para a Eucaristia. Os textos litúrgicos mostram a entrega de Jesus Cristo para a salvação da humanidade.
A Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor é constituída por uma liturgia austera e sóbria. A liturgia desenvolve-se em três momentos – a liturgia da Palavra, a carta aos Hebreus e a Paixão segundo São João. Às leituras segue-se a oração universal; - a adoração da cruz com a antífona de origem bizantina; a comunhão com o Pão eucarístico consagrado na tarde de quinta feira santa.
O grande Sábado Santo, é um dia de serena esperança e preparação orante para a ressurreição. O Ofício Divino é rezado perante o altar desnudado, presidido pela cruz e tem um acento de meditação e repouso. A Vigília Pascal é uma vasta celebração da Palavra de Deus que continua com o baptismo e continua com a Eucaristia. Os símbolos são abundantes e de uma grande riqueza espiritual – o ritual do fogo e da luz que evoca a ressurreição de Jesus e a marcha de Israel no deserto guiado pela coluna de fogo; a liturgia da Palavra com Salmo e oração, percorrendo as etapas da história da salvação; a liturgia da iniciação cristã que incorpora novos filhos na Igreja; a renovação das promessas do baptismo e aspersão com a água benta que recorda a água do nosso baptismo; por fim a eucaristia que proclama a ressurreição do Senhor, esperando a sua última vinda (1 Cor. 11, 26).